- Você anda inspirada.
(tu andas a inspirar-me)
- Você ultrapassa a superfície do ecrã com a sua escrita: eis o seu poder.
(tu és um comunicador misterioso. eu quero muito que me sintas)
- Eu quero saber se você anda bem.
(só isso? eu preciso de derrotar moínhos no teu olhar, que te descrevo, que te confesso)
- Você é gentil.
(eu sou atenta. tu tens possibilidades por cumprir?)
- Quando é que eu a vejo?
(eu quero dizer: hoje mesmo. é verdade que vives imageticamente uma outra circunstância? emigras a tua realidade e pões-te num cenário de outras escolhas? que olhar esse tão maior do que a vida que cumpres?)
- Eu telefono. Você tem uma enorme sensibilidade.
(eu nunca me vi bonita. eu cresci feia. lá estou eu, como naquele dia, a falar sem a hesitação do medo)
- Tenho a certeza de que já a convenceram da sua beleza.
(há vozes raras a dizerem "que bonita" que me convencem a pele toda e estendem essa beleza a uma menina que era feia. é um mistério: a tua voz, no amparo do teu olhar, tem essa raridade)
O mistério dos afectos imediatos. Os espelhos. Os silêncios pacificadores. Os pudores da aproximação. A negação da generalidade e da abstracção: a revogação da norma.
(tu andas a inspirar-me)
- Você ultrapassa a superfície do ecrã com a sua escrita: eis o seu poder.
(tu és um comunicador misterioso. eu quero muito que me sintas)
- Eu quero saber se você anda bem.
(só isso? eu preciso de derrotar moínhos no teu olhar, que te descrevo, que te confesso)
- Você é gentil.
(eu sou atenta. tu tens possibilidades por cumprir?)
- Quando é que eu a vejo?
(eu quero dizer: hoje mesmo. é verdade que vives imageticamente uma outra circunstância? emigras a tua realidade e pões-te num cenário de outras escolhas? que olhar esse tão maior do que a vida que cumpres?)
- Eu telefono. Você tem uma enorme sensibilidade.
(eu nunca me vi bonita. eu cresci feia. lá estou eu, como naquele dia, a falar sem a hesitação do medo)
- Tenho a certeza de que já a convenceram da sua beleza.
(há vozes raras a dizerem "que bonita" que me convencem a pele toda e estendem essa beleza a uma menina que era feia. é um mistério: a tua voz, no amparo do teu olhar, tem essa raridade)
O mistério dos afectos imediatos. Os espelhos. Os silêncios pacificadores. Os pudores da aproximação. A negação da generalidade e da abstracção: a revogação da norma.
O nosso caso.
1 comentário:
É, de facto, uma «consolação» voltar a este blogue.
Obrigado
Paulo
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