está a chover, de repente, já voas, esse avião, de que falava ontem. está a chover, entendes?
onde ficou a tua voz?
está chover, de repente, um castigo, uma chicotada contínua na última memória do teu olhar.
onde ficou a tua voz?
está a chover, de repente, uma aflição, estou a entristecer, a envelhecer: estou a morrer.
onde ficou a tua voz?
está a chover, de repente, e tu sentado, num banco, esse avião, quem te ladeia?
volta, meu amor, está a chover, estou a morrer, fica, porque não sei, de repente, enquanto chove,
onde ficou a tua voz.
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