segunda-feira, novembro 13, 2006

liberdade breve

ter um segredo no teu ombro é-me hoje uma calma ansiosa. começaste num toque de cotovelo. libertada a besta que há em dois familiares, sais e não dizes grande coisa. dizes: eu não digo isso. e pensar que o apoio dos cotovelos foi a intimidade idêntica com as palavras. onde está hoje a palavra depois da vírgula? as tuas frases começam a morrer do fim para o início, lá onde sou um vocativo.
quem nos encontra é o nosso carrasco, mas nós oferecemo-nos a essas mortes, porque da prisão anterior ao encontro até ao lugar da decapitação há um breve passeio em liberdade.

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