não sei se haverá amanhã contigo, nem se sabes que tenho o túmulo que chama uma morte sem agonia, nem se sentes que andas seduzido pela morte errada, nem se entendes que falo de túmulo para te dar um outro lugar para morreres, nem se ouves o que te escrevo, isto que te salva, por trás de cada linha, uma presunção, este túmulo a chamar por ti amanhã e o meu rosto depois uma linda lápide.
não sei se haverá amanhã contigo, sei que me expando hoje de noite para essa possiblididade, sem saber se o aviso de que estás doente quer dizer que não há amanhã contigo, como um barco, prefiro pensar, que não perde o destino à conta do farol, vem ter comigo, estou a pedir, sem o som da tua adesão, sem a certeza de que estás comido pela mesma condição, eu espero que haja amanhã contigo e que morras neste túmulo um pouco cavernoso até que haja amanhã contigo e que possamos morrer a morrer.
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