sábado, janeiro 06, 2007

liberdade breve II

parece que sim, que se oferece a um carrasco que diz:
já te digo qualquer coisa.
parece que sim, que o dia todo valeria nada sem essa maldade
por que se espera, sempre, e para sempre,
em cada tão magoado e adiado minuto
parece que sim, um barulho seu nas escadas, uma linha de pó
inalar-te sem espelho por baixo, ou tu o espelho,
mas só quando sais e se recorda em ti o que posta lá não foi assim tudo
parece que sim, uma doença que se ausenta num tempo breve
o passeio em liberdade, a resignação ao que possa ser
possa ser um coração menos apressado, uma paz neste palc0
já te digo qualquer coisa, parece que sim
meu amor

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