Quatro mulheres sentadas num tapete, vidas ritmadas em tempos diferentes, franjas comuns, no entanto, e ontem a similitude, ou a empatia, desta e daquela dor estava na gargalhada, nas gargalhadas comuns, tão femininas, tão ganhas. As quatro mulheres ao telefone com o pintor que acordou para a loucura delas, talvez o único homem que pudesse rir como se ri quem se vinga das dores em episódios inesperados. Foi tanta a nossa liberdade naquele telefonema (não foi, meu amor?). O telefone a rodar de mão em mão (parecia um charro e tu o efeito dele).
O que diria Cristo daquele encontro inesperado de mulheres num tapete? Pareciam Martas, ou Marias (irmãs de Lázaro), ou Madalenas. Dois mil anos depois.
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