regressaste.
cansado, sempre, ausente desta pátria contenciosa, a tua voz, alguns minutos, a permitirem na minha voz uma pátria?
a geografia reduzida a poucos metros, mas os teus sons são tão estrangeiros nesta terra, por que sofres, por que ficas longe, tão longe, quando te aproximas?
irei ter contigo, a rotina nunca rotineira, a nossa calçada, o medo da tua morte, ou nada disso, o medo que morras sem diluires este peso?
talvez o rio, o travão do carro a travar-me, talvez a tua palavra a calar-me, talvez o teu silêncio a dizer tudo?
voltaremos, mais uma vez, a doer, a doer, a doer: os nossos passos?
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