Uma voz na rádio, de manhã, cheia de silêncio, ou ela uma cabeça a dizer basta, os sons que são imagens, ou falta de vontade, custa muito meter a segunda e a terceira e abrandar e rever o sinal vermelho e dobrar a esquina de ontem, de sempre, de amanhã, custa muito viver.
Uma voz na rádio, um palco para outra voz com a forma de duas mãos em frente, olhadas num acaso, recordadas por acaso, dá-me as tuas mãos que eu trato delas, recorda. O peso dos seus passos é muito, ou é insuficiente, morre ou flutua, já não sabe, arrasta-se, custa muito dizer o que esperam de nós, custa muito aguentar o rímel no lugar, custa muito tanto medo, custa muito viver.
Uma voz na rádio, de manhã, uma esperança, às vezes, um crescendo, uma queda, depois, os fins em todos os começos, custa muito acreditar, custa muito sair do carro, custa muito pensar nas pessoas, custa tanto não chorar, custa muito viver.
Uma voz na rádio, um palco para outra voz com a forma de duas mãos em frente, olhadas num acaso, recordadas por acaso, dá-me as tuas mãos que eu trato delas, recorda. O peso dos seus passos é muito, ou é insuficiente, morre ou flutua, já não sabe, arrasta-se, custa muito dizer o que esperam de nós, custa muito aguentar o rímel no lugar, custa muito tanto medo, custa muito viver.
Uma voz na rádio, de manhã, uma esperança, às vezes, um crescendo, uma queda, depois, os fins em todos os começos, custa muito acreditar, custa muito sair do carro, custa muito pensar nas pessoas, custa tanto não chorar, custa muito viver.
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