há uma tábua lisa sem arestas que se vai fazendo com morangos pelo caminho. há uma televisão decomposta pelas imagens de quem a vê. essas imagens fazem parte da tábua lisa sem arestas que se vai fazendo e dela também fazem parte os morangos pelo caminho. num período de tempo alargado que se chama sorriso o fumo de quinze cigarros diários não fazem do ar um canalha corrompido, tudo é transparente, há uma tábua rasa lisa sem arestas que se vai fazendo com morangos pelo caminho.
mas a televisão ganha o rancor dos outros que se sentam com o outro ao nosso lado. o outro são os outros dele. “ouve-se sempre a distância numa voz”.