sábado, março 28, 2009

manhã de sábado

dança, dança, dança, um copo de água tónica na mão, o seu gin a fingir, dança,dança, dança, um milhão de mosquitos colados à sua pele, um milhão de beijos tentados, dança, dança, dança, acende um cigarro proibido, pensa: como terei sobrevivido a este dia, ao meu cansaço?dança, dança, dança, nunca olha para o relógio, lembra-se da véspera, cola os pés ao chão
(a minha magreza)
dança, dança, dança, às vezes, muitas vezes, o medo de um surto de medo, dança, dança, dança, mas também alegria
(na minha fragilidade)
dança, dança, dança, ri perdendo o ar, dança, dança, dança, o seu amigo, está feliz por não cair, está feliz por se não ver na sua dança o seu cansaço, dança, dança, dança, pensa: terei forças para um volante? dança, dança, dança, a pensar no cansaço de amanhã.
é sábado de amanhã, mete a chave na porta e diz: fui eu que entrei.