- E tu, de onde és?
- Sou de uma terra lá do interior, que não existia até passar a existir, por causa de uma linha de comboio.
- Estás a gostar de Portugal?
- Ainda só conheço Lisboa. Nunca fui à praia. Não sei nadar.
- Tens sido bem tratado?
- Não me tratam mal. Estranham-me. Mas eu estranho-os com mais estranheza. São quase todos casados e são todos dos que levam.
- Tens cuidado contigo?
- Nunca me roubaram nada. Quer dizer, até hoje, só me roubaram oito bicicletas.
- Sou de uma terra lá do interior, que não existia até passar a existir, por causa de uma linha de comboio.
- Estás a gostar de Portugal?
- Ainda só conheço Lisboa. Nunca fui à praia. Não sei nadar.
- Tens sido bem tratado?
- Não me tratam mal. Estranham-me. Mas eu estranho-os com mais estranheza. São quase todos casados e são todos dos que levam.
- Tens cuidado contigo?
- Nunca me roubaram nada. Quer dizer, até hoje, só me roubaram oito bicicletas.
3 comentários:
estes são uns diálogos enigmáticos....despertaram-se a curiosidade...
invado aqui um pouco para dizer que gosto bastante deste blog, embora nem sempre possa acompanhá-lo.
a relação aparentemente desmesurada entre as coisas dá um sentido ao texto que parece não existir. isto pode parecer que não faz sentido mas o texto também parece que não faz. gosto da subtileza.
congrats.
Realmente por vezes é assustadora a diferença entre as pessoas de uma cidade como Lisboa das de uma aldeia...mesmo que esta fique a poucos quilómetros.
Eu sinto sempre esta estranheza que é deixar Lisboa para ir por exemplo ao Norte e sentir-me como um turista estrangeiro dentro do meu próprio país.
MAs confesso que o final destes diálogo me fez rir. Aquela das bicicletas foi completamente inesperada.
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