I found peace about you.
para ela não há qualquer racionalidade que a obrigue a sentar-se nas circunstâncias que ditam essa meditação que resulta na frase que escutou: I found peace about you. a impossibilidade de uma vida, de uns anos, de um ano, de uns meses, que importa?, ela vive a emoção daquela emoção, o desenho de uma boca que lhe fez um só corpo, aquele daquela cozinha que não é a mesma passados estes meses, assim como o corpo é outro depois do milagre do Tejo e do Danúbio a fazerem uma cozinha, ela não quer meditar e render-se a uma amizade com esse capítulo em que as unhas faziam sangue de raiva da distância, quando se encontravam e se amavam, em que os dentes não se preveniam a juntar o Tejo e o Danúbio, ela não quer dizer-lhe I did the same. porque ela não é assim, não cuida do futuro, entraria nos dois aviões para chegar do Tejo ao Danúbio, até que uma fatalidade a impedisse, e se no entretanto a vida lhe sobrasse atrapalhada e comida de ansiedade, tanto lhe faria, porque nos intervalos correria a guerra que sabe viver, a construir um corpo, uma cama, um sofá, uma cozinha. a traduzir poemas entre o Tejo e o Danúbio e a abrir a luz para te ver escorrendo nas costas um outro rio, aquele fio de sangue que era o meu grito.