terça-feira, fevereiro 16, 2010

da subjugação

uma picada um pouco abaixo do externo, permanente. instala-se depois de se instalar, nela, isso, nela, o amor, o princípio do amor. perde solidez e um corpo desfaz-se em cera queimada, lentamente, às ordens da opinião do outro. talvez seja o que ele diz, talvez sim, talvez então tudo mais pequeno, o que fez, o que faz, uma ameixa e não um pomar, de uma semana de entrega o outro regista um gesto que parece ter sido desconfortável. ela não deu por isso e derrete-se toda na lembrança verbalizada ali, à sua frente, ainda ofegante de uma tarefa qualquer. diz-lhe, muda, olha para mim, para mim, para mim, a picada é tão forte quando me engano na fruta que compro, porque dói doer em vez de te bater.